9 de setembro de 2007

Para escrever é necessária uma grande dose de criatividade, isso todos sabem. Ela pode vir por meio de inspiração, ou forçada mesmo. Para escrever é também necessário um bom domínio da língua, e saber lidar com as palavras, sabendo utilizar recursos gramaticais para atingir seja lá o que se queira atingir. Mas uma coisa que as pessoas não costumam perceber muito quando leêm alguma coisa é o motivo que está por trás daquele texto. A razão pela qual ele foi escrito.

Há inúmeras possibilidades para esta questão. Um escrito pode ter sido feito por felicidade, tristeza, amor, desilusão, tédio, obrigação, ódio, por se ter ouvido uma música, visto um filme ou ainda lido outra coisa qualquer...

Bom, não este. Este foi feito (Ou melhor, ainda está sendo) para puro desabafo.

Eu estou me vendo aqui, digitando este texto, com um prato que continha um sanduíche e um copo que já estivera cheio de Coca-Cola ao meu lado, e estou me sentindo nojento. Não saberia explicar direito o porquê disto. Tomei banho há pouquíssimo tempo, mas talvez a combinação de comida já comida, do meu corpo (cujo, por sinal, eu estou enojado com todas as minhas forças) num pijama verde e ligeiramente apertado, e da minha confusão esteja causando algum efeito.

Eu estou com aquele sentimento de ódio e amor ao mesmo tempo, aquele que todos conhecem. Eu amo poder usufruir de uma experiência tão maravilhosa quanto a de estar vivo, que apesar de parecer frase feita é a mais pura verdade. E amo também ser humano e poder perceber o quanto isto me beneficia, e não apenas passar por aí como um cachorro, uma aranha ou qualquer outro animal que nasce, vive e morre, sem se dar conta dos bens e males que isso traz. Porém, eu odeio ser humano e ter essa sina que se chama raciocínio. Odeio pensar, pensar, pensar, e não conseguir parar, não conseguir cancelar esta ação. Cansei de tentar entender tudo e todos, até porque isso não é possível, e me frustra tanto essa impossibilidade. Me frustra saber que assim que eu bater as botas, acabou. Como assim eu me matei de raciocinar e pensar e racionalizar pra desligar assim, do nada?

Também estou me sentindo de certa forma pressionado em ter que escolher uma coisa ou outra. E não é bem assim que funciona... Não quero magoar ninguém e isso me deixa culpado por preferir uma à outra.

E, bom, meu fôlego acabou...

Such a lonely day and it's mine..

Um comentário:

Arlequina disse...

The most lonely day of my life...

Sua frase é genial...

Mas eu penso sempre naquela história de que a graça está na viagem e não no destino.
Eu penso que sei lá, quem sabe, quando eu morrer e chegar lá no outro mundo (se ele existe), vou poder contar histórias.

Contar histórias.

Acho que pra mim, é o que importa.

Precisas achar o que importa pra você. =D

Beijos!