27 de dezembro de 2007

Oops

Outro quase mês sem postar...

Desculpa, mas sabem como é... minha vida está um caos...

Eu não gostei muito do Natal, normalmente não gosto muito... Mas o Reveillon é ao contrário. Espero que ele chegue logo e com ele o novo ano. *.*

Enfim.. sem posts enormes ou algo do tipo, só queria por aqui um survey que roubei da Bella.


1)O que você fez em 2007 que nunca tinha feito antes?
Ahn, um mol de coisas. Morei na Europa, aprendi a lidar com várias coisas, vivi experiências únicas e outras coisitas más.

2) Você manteve as resoluções de ano novo de 2007 e fará novas para 2008?
Pensando bem... eu não fiz resoluções para 2007, mas acho que as farei para 2008

3) Que lugares você visitou?
Istambul, Dubrovnik, Neum, Brasília...

4) O que você gostaria de ter em 2008 que faltou em 2007?
mais liberdade, somebody to love (8)

5) Que data de 2007 vai ficar marcada em sua lembrança?
25/01/2007.

6) Qual sua maior realização no ano?
me desligar das pessoas ao meu redor.

7) Qual foi o seu maior fracasso?
me segurar quando poderia ter me soltado.

8) Você teve alguma doença?
Alergia como sempre, gripe,... nada demais. Não que eu lembre.

9) Qual foi a melhor coisa que você comprou?
os presentes que eu dei.

10) Que comportamento mereceu comemoração?
Aceitar Santos como uma cidade não nociva.

11) Que comportamento foi deprimente?
Algumas criancisses e foras. XD

12) Pra onde foi a maior parte do seu dinheiro?
Presentes para os outros, saídas, bebida, comida... realmente esse não foi um ano muito materialista

13) O que te deixou realmente excitado?
em que sentido? se for no sentido de feliz... saber que voltarei pra Brasilia, se for no anatômico... hm.. modelos judeus. kkkkkkkkkkk

14) Que canções sempre vão te lembrar de 2007?
Nossa. Um mol. Das mais trash às mais cool. With Me - Sum 41, Put your records on - Corinne Bailey Rae, Rehab - Amy Winehouse, Fuckin' on the dance floor - Dirty alguma coisa. e outras que nem sei o nome.

15) Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:

I. mais feliz ou mais triste? Mais triste. Mas só comparando essa época. Comparando o ano inteiro, muito mais feliz.
II. mais magro ou mais gordo? Uns 10 kg mais gordo. O.O
III. mais rico ou mais pobre? X. Na mesma. Dependendo de mamãe e vovós. ¬¬

16) O que você queria ter feito mais?
Namorado, bebido, exercícios físicos.

17) O que você queria ter feito menos?
comido. T___T

18) Como vai passar o reveillon?
Não sei. Na praia definitivamente. Espero encontrar o povo pra beber, mas não sei se conseguirei. X.x

19) Você se apaixonou em 2007?
Oh Yeah

20) Qual foi seu programa de TV favorito?
1º Semestre = Lost, 2º Semestre = Brothers & Sisters

21) Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?
Odiar eu acho que não. Tem gente que eu gosto menos. Os que eu odeio, eu já odiava há um ano. MENTXIRA! Tem uma, mas eu nem conhecia ela há um ano então não vale. kkkkkkkkk

22) Qual foi o melhor livro que você leu?
Não foi um ano de grandes avanços literários. Eu gostei da mensagem de The Sun Also Rises, apesar do livro sucks, estou adorando Lugar Nenhum.

23) Qual foi a sua maior descoberta musical?
Corinne Bailey Rae, The Fray, Redescobri Justin Timberlake, Lily Allen,...

24) O que você quis e conseguiu?
Ir pra Brasília, furar as orelhas...

25) O que você quis e não conseguiu?
Emprego, refurar as orelhas, instalar the sims 2, ...

26) O que você fez no seu aniversário?
Uma festeeenha para alguns amigos. Nada demais.

27) O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?
Hm... Não quero soar repetitivo, mas... somebody to love. Morar Sozinho. OW GOD. Como eu quero morar sozinho. e um emprego.

28) Como descreveria seu modo de se vestir em 2007?
Jeans, camiseta, tênis (all star maior parte do tempo) = 2º semestre
Jeans, camisetas, casacos, botas, mais casacos, cachecol, gorro = 1º semestre.

29) O que manteve a sua sanidade?
Minhas conversas comigo mesmo. Por pura ironia, são essas coisas anormais e descritas como insanas que me mantém são.

30) Qual episódio da política que te deixou mais puto?
Ih... Como eu votei nisso hoje, terei que dizer que é o negócio da menina que ficou presa junto com um bando de homem.

31) De quem sentiu falta?
Nossa. Tanta gente.

32) Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu? (Who was the nicest person you've met?)
Marta, from Bosnia. \o e a Marina, de Santos.

33) Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2007:
Abra os olhos e a cabeça.

30 de novembro de 2007

Postagem aleatória # X

Oh céus... Estava eu revendo meus "Rod QUER" e notei que quase nada ali foi realisado. Me sinto frustrado. Na realidade eu queria poder preencher aquela lista com mais coisas - coisa que eu consegueria fazer se tivesse auto-disciplina o suficiente para focar naquilo. Enfim... Percebi que meu sonho de facul de Jornalismo foi por água abaixo, e estou considerando fortemente RP e Rel (Para os leigos, Relações Públicas e Relações Internacionais). Logo se vê que my thing são as relações, né?

Enfin... Mudando de assunto... Vim aqui seguir a tradição da dona Thera. Que me deu um memê (creio que seja esse o nome), e irei repassá-lo. Obrigado, Thera.

Bom, o memê desta moça consiste em abrir o livro mais próximo na página 61, ou 161 ou 261... enfim, e no 5º parágrafo e colocar aqui o que estiver escrito...

Bom, o livro mais próximo é "Pequeno Manual de Instruções para a Vida" que não tem páginas numeradas, portanto eu tive que ir contando para descobrir qual era a 61.

".215. Nunca vá ao armazém ou supermercado quando estiver com fome. Você comprará mais do que precisa"

é isso...

Muito importante. Reflitam.

Eu passarei isso à Arlequina e ao Dih

29 de novembro de 2007

A Dama da Dança

1 mês depois, não é mesmo. =/


Desculpa o atraso....


Thera, juro que no próximo, eu ponho aqueles selos felizes.


Ela dançava porque era o que sabia fazer. Dançava muito bem, e se sentia bem em dançar. Se sentia livre, completa. Dançava desde pequena, antes com as batidas de tambor do pai, depois seguindo seu próprio ritmo, o ritmo da sua vida. Tinha um corpo bonito, majoritariamente devido à dança, e tinha consciência disso. Sabia que ao dançar, levava consigo diversos olhares interessados de rapazes – e volta e meia de outras moças também – que no fim das contas só queriam uma noite de prazer com ela, quem sabe duas.

A ela podiam ser atribuídos vários adjetivos, mas com certeza nenhum deles seria relacionado à frustração ou hipocrisia. Ela fazia o que gostava, e somente o que gostava. Não fazia seu gênero sair com homens para um relacionamento de apenas uma noite, portanto não tinha o costume de se tornar mais íntima dos homens que a viam dançar. Porém, certa noite, enquanto se apresentava em um bar, notou um homem a observando.

Ele não era como os outros que faziam um escarcéu em cima da dança apaixonada dela. Ele apenas a observava, meio maravilhado, meio apaixonado. O rapaz não via algo tão verdadeiro como aquela dança há muito tempo, e percebeu que, fosse quem fosse que dançava ali, era alguém real, um ser humano não só de carne, osso e palavras, disso todos os outros eram feitos também, mas um ser humano de carne e osso e palavras e emoções. Sentiu-se tentado a conhecê-la, com o objetivo de conhecê-la, nada mais. A mais pura das relações. Por isso, se ofereceu a levá-la para casa quando a noite acabou. Os dois conversaram, dançaram e combinaram de se encontrar novamente outro dia, e outro dia, e outro dia...

26 de outubro de 2007

Owned

Hoje eu posso dizer que tive um dia ownado. Prestem atenção na "situation" do rapaz aqui:
Botei aparelho ontem, certo? Acontece que a dentista que fez o trabalho, não soube fazê-lo direito, e deixou para fora um pedaço do fio metálico que agora circundeia a minha arcada dentária.

Esse fio, porém, começou a me incomodar hoje de manhã, e tive que lidar com ele o dia inteiro. Sabe quais são os resultados? Muita dor de cabeça, e um lado interno da bochecha cheio de feridas e sangue. Agora tenho um algodão lá para separá-los.

Bem, além do fio solto, também tenho um problema sério na coluna, que pegou forte hoje. Ó dia

Enfim, não é sobre isso que quero falar neste post. Quero fazer uma proposta, a qual será comentada lá para o fim. Antes, teremos a outra parte da minha história owned.

Fui à praia. Eu e mais um grupo de amigos fomos tocar violão. Não, eu não toco. Não tenho capacidade, mas fui prestigiar e cantar (mal). Antes de ir para o ponto de encontro, passaria na casa de uma amiga para ir com ela e com outra amiga que também estava lá. No momento de me trocar, pensei logo numa bermuda e numa camiseta clara e folgada. Porém fiquei meio indecido quanto ao que calçar. Obviamente, chinelos seria a opção mais conveniente, todavia meus pés não toleram chinelos, ficando todos massacrados depois de usá-los.

No fim das contas prefiri o chinelo ao tênis, não sei o porquê. Dois minutos de caminhada e meus pés já doíam. "Pronto, já era." pensei. Mas como estava atrasado, ignorei e segui reto teimosamente. Só piorei a situação. Ao chegar na casa da minha amiga, parte do meu pé direito estava em carne viva. Fui o resto do caminho descalço para não piorar.

Ok, curtimos a praia, eu em parte, por culpa do aparelho deifeituoso. Suei, e juntei o suor à sujeira da rua (eu havia ido descalço) e à tudo que a praia tráz. Estava imundo, impuro.

Ficamos um tempo na casa de uma outra amiga, onde eu me frustrei pois o ferrinho entrou na minha carne e fez altos caminhos lá dentro, os quais eu tive que me desdobrar para desfazer, e fomos. Peguei carona até a casa dessa amiga que eu tinha ido pegar mais cedo, e de lá vim a pé. Tentei vir de chinelo primeiro, pois já era mais ou menos tarde e tudo o mais... Mas só fiz piorar, o pé esquero agora tbm estava em carne viva. Mais uma vez vim descalço. Descalço, mancando, sujo, com uma bolota de algodão dentro da boca, coisa que as pessoas provavelmente pensavam que era caxumba, e tentando estalar os ombros de 15 em 15 segundos... Estava gatinho.

Porém, o que me levou à criação dessa campanha foi ver pendurado em cabos elétricos um par de tênis Nike ou Adidas, não me lembro, quase do meu tamanho. Naquela altura do campeonato eu já não me importava mais se um tênis fosse 32 (calço 43), eu punha no pé, nem que tivesse que usar como salto alto. Enfiar meu pé, pelo menos a parte fronterior, dentro de um tênis e não ter que andar descalço era tudo o que eu queria... Mas não! o desgraçado tinha que ter dados um nó nos cadarços e jogado no poste. Idiota.

Por isso que elaborei uma proposta: Próxima vez que for fazer algo estúpido como jogar um par de tênis no fio elétrico, não faça. Deposite os calçados numa caixa. Alguém pode precisar deles.

P.S.: Ah, para quem não sabe, owned = se ferrou ou ferrado e ownado = ferrado.

10 de outubro de 2007

Amor

Estavam juntos há muito tempo. Décadas e décadas de amor, paixão, brigas, filhos, netos, consideração, respeito, carinho, compreensão. Já tinham vivido por volta de 65 anos, o mesmo valor da soma das idades de seus dois filhos. Conheciam a vida e suas reviravoltas, sua ironia, o que a movia.

Tendo tal conhecimento eles caminhavam pela rua, voltando pra casa após andar quatro quarteirões, como a médica havia recomendado para iniciar o tratamento. Eles até conseguiriam aguentar mais, mas para quê? Afinal o jornal e a novela já estavam começando.

Eram sagazes, porém não mais tão ágeis como antigamente. Se aproveitando desta situação, um ladrãozinho passou correndo e agarrou a bolsa da senhora, que a tinha pendurada no ombro frágil. Vendo a mulher ser violentada, assaltada e chocada, o senhor reuniu toda a força que lhe restava, bem assim como sua determinação, e pôs-se a perseguir o assaltante. Não conseguindo alcança-lo devido a grande diferença de idade, ele se sentou no meio-fio e levou as mãos ao rosto.

Sua esposa de longa data veio atrás, com passos leves, e colocou a mão sobre seu ombro, ele a olhou e seu rosto estava molhado. Ela o mandou levantar sem palavras, e assim ele fez. E com isso, ela jogou os braços por cima dos ombros e o beijou de leve nos lábios, para então falar olhando fixamente em seus olhos: Te amo.

9 de outubro de 2007

Tinha sua mochila nas costas, e escutava música enquanto andava pelas praças da cidade, um dos fones de ouvido caído sobre seus ombros. Ele parou sua caminhada, olhou em volta, respirou fundo para sentir os ares da cidade entrarem frios pelo pulmão e olhou em volta novamente. Sensação de liberdade.

Estava mais velho agora, e como velho, me refiro a maturidade, e não apenas números sem sentido. Não se fica mais velho somente por apagar um bando de velas em cima de um bolo. Se fica mais velho com independência, auto-sustentabilidade, com asas, antes mantidas escondidas, e agora prontas para voar o mais alto e longe possível.

Junto com ele estavam alguns poucos amigos, amigos de verdade, não aquelas pessoas que se atura para ser sociável. Quando consideraram que haviam explorado Paris o suficiente para um primeiro contato, eles se dirigiram a uma hospederia que parecia barata. Como era o único ali que falava um pouco de francês, ele se aventurou e pôs em prática seu ano e meio de curso. Pediu por um quarto, o mais em conta que tivesse, e tentou organizar um meio para que todos os mochileiros pudessem dividi-lo, para poupar despesas. Com tudo organizado, pagaram com o dinheiro que haviam conseguido em Madrid e sairam pela cidade. Agora já tinham aonde voltar a noite.

Andaram um pouco mais, para conhecer melhor a cidade-luz e partiram em busca de um bico que os ajudasse a seguir o caminho pela Europa. Santo Euro! Pelo resto da semana, e talvez um pouco mais, teriam tempo o suficiente para se acostumar e se afeiçoar por Paris... Ah! Liberdade.

23 de setembro de 2007

Morte e vida

Uma maneira diferente e mais prática de encarar-las.

O homem ali presente não era querido por nenhum dos outros que compareceram à ocasião. Ele terminou o evento com o fechar do caixão e se dirigiu à saída, antes passando pelo viúvo e por seus filhos, os cumprimentando com “meus pêsames” e “sinto muito”. Esses discursos já haviam perdido todo seu sentido para ele, que tinha como profissão gerenciar todo o processo do velório. Ele dirigia o carro funerário, e arrumava o salão, bem assim como fechava o caixão, e junto com ele vários outros corações de parentes e amigos do falecido. A morte para ele era triste, mas necessária. Afinal, era ela quem providenciava seu pão de cada dia.

Trabalhava vendendo seguros. Não gostava muito, até porque ganhava pouco e era algo entediante, não era? Só se divertia quando aparecia algum cliente, exigindo seu pagamento e contando as mortes de seus familiares, cônjuges ou amigos, muitas vezes interessantes. No fim das contas, esse emprego o tinha feito ter menos medo da morte, por ela ser algo inevitável. Contudo, dentro do escritório, ela deveria ser evitada ao máximo, para que não ocorram mortes e que a empresa não perca dinheiro. A vida para ele era chata, porém necessária. Afinal, era ela quem providenciava seu pão de cada dia.

18 de setembro de 2007

Azul X Verde

Ele cresceu com o azul. Era um menino e, portanto, quando nasceu teve o quarto pintado de azul, assim como seu berço, suas roupas de bebê,e todo o restante de seu enxoval. Desde os primeiros meses de sua vida, o garoto aprendeu a conviver com o azul e todas suas tonalidades.

Quando ele se fazia mais chocante e repressor, o menino se sentia assustado, receoso, ou pelo menos se sentia no começo, até o momento que, quando mais velho, apenas se sentia chateado, magoado. Porém, quando o azul era suave, tranqüilizante e acalmante, ele se sentia satisfeito consigo mesmo e em paz.

Todavia, tais extremos não puderam evitar que o menino conhecesse outras cores assim que saísse do quarto. Mas mesmo com as novas experiências ele não pôde fugir da influência do azul. Foi quando conheceu o verde, e por ele se apaixonou. Era a cor dos seus sonhos. Era bonita, fria porém com uma simpatia característica, coisa fora dos limites do azul que teve em todo seu crescimento.

O azul não gostou desta mudança cromática, é claro, porém nada pôde fazer para evitar que o menino amadurecesse e começasse a viver em um quarto verde, visitando seu velho berçario azul raramente. Porém, o que mais chateava o garoto quando ele retornava ao antigo quarto, eram as paredes e mobílias que clamavam pela sua volta. Elas usavam uma voz tão carinhosa, e ao mesmo tempo pertubadora que o faziam se sentir culpado. Culpado de ser mais feliz do que antes.

15 de setembro de 2007

As massas

As massas não são facilmente influenciadas

As massas são facilmente adaptadas a uma realidade nova.

Ou isso, ou cozidas com molho vermelho.

Fica ao seu critério.

13 de setembro de 2007

Este é um post sem título, sem tags, e praticamente sem conteúdo.

11 de setembro de 2007

Orgia

We have to take our clothes off to have a good time! (So Sexy)
We have to party all night!

9 de setembro de 2007

Para escrever é necessária uma grande dose de criatividade, isso todos sabem. Ela pode vir por meio de inspiração, ou forçada mesmo. Para escrever é também necessário um bom domínio da língua, e saber lidar com as palavras, sabendo utilizar recursos gramaticais para atingir seja lá o que se queira atingir. Mas uma coisa que as pessoas não costumam perceber muito quando leêm alguma coisa é o motivo que está por trás daquele texto. A razão pela qual ele foi escrito.

Há inúmeras possibilidades para esta questão. Um escrito pode ter sido feito por felicidade, tristeza, amor, desilusão, tédio, obrigação, ódio, por se ter ouvido uma música, visto um filme ou ainda lido outra coisa qualquer...

Bom, não este. Este foi feito (Ou melhor, ainda está sendo) para puro desabafo.

Eu estou me vendo aqui, digitando este texto, com um prato que continha um sanduíche e um copo que já estivera cheio de Coca-Cola ao meu lado, e estou me sentindo nojento. Não saberia explicar direito o porquê disto. Tomei banho há pouquíssimo tempo, mas talvez a combinação de comida já comida, do meu corpo (cujo, por sinal, eu estou enojado com todas as minhas forças) num pijama verde e ligeiramente apertado, e da minha confusão esteja causando algum efeito.

Eu estou com aquele sentimento de ódio e amor ao mesmo tempo, aquele que todos conhecem. Eu amo poder usufruir de uma experiência tão maravilhosa quanto a de estar vivo, que apesar de parecer frase feita é a mais pura verdade. E amo também ser humano e poder perceber o quanto isto me beneficia, e não apenas passar por aí como um cachorro, uma aranha ou qualquer outro animal que nasce, vive e morre, sem se dar conta dos bens e males que isso traz. Porém, eu odeio ser humano e ter essa sina que se chama raciocínio. Odeio pensar, pensar, pensar, e não conseguir parar, não conseguir cancelar esta ação. Cansei de tentar entender tudo e todos, até porque isso não é possível, e me frustra tanto essa impossibilidade. Me frustra saber que assim que eu bater as botas, acabou. Como assim eu me matei de raciocinar e pensar e racionalizar pra desligar assim, do nada?

Também estou me sentindo de certa forma pressionado em ter que escolher uma coisa ou outra. E não é bem assim que funciona... Não quero magoar ninguém e isso me deixa culpado por preferir uma à outra.

E, bom, meu fôlego acabou...

Such a lonely day and it's mine..

31 de agosto de 2007

30 de agosto de 2007

Tempos Dourados

Quando se viram pela última vez, eram relevantemente mais jovens. Naquela época, ambos ainda tinham movimento no quadril e o exercitavam naquelas noite animadas de brisa friazinha, na qual os garotos emprestavam suas jaquetas de couro para as meninas que sorriam em agradecimento sempre cheias de esperança. Durante aquele período eles foram rebeldes com atitudes que hoje seriam consideradas castas e puritanas, e se surpreendem com o fato de que o comportamento rebelde dos adolescentes de hoje não seja considerado como tal, exceto quando ele extrapola os novos limites impostos, como gravidez, uso de drogas ou coisa que os valha.

Eles sorriram e se olharam como quem diz: "Te conheço de algum lugar, não conheço?". E sendo assim tentaram se lembrar. O senhor lembrava da época em que era um garanhão, chamando todas as meninas para dançar no salão e as embebedando de ponche. A senhora se recordava da sua época de mocinha, quando foi beijada pela primeira vez pelo homem da sua vida, que conheceu também num baile, porém até hoje ela não sabe que ele a embebedou para poder facilitar o processo do flerte que durou um tempo.

- Boa tarde. - Disse ele determinado.

- Boa tarde. - Ela respondeu sorrindo. Ele também se lembrava dela, talvez agora ela refrescasse a memória e descobrisse de onde o conhece.

- Não me leve a mal, mas estive ali te olhando e pensei... A conheço de algum lugar, não conheço?

- Oh, de maneira nenhuma. Para ser franca com o senhor...

- O senhor não, você. - Ela deu um sorrisinho bobo.

- Então, para ser franca com você, também me perguntava a mesma coisa.

- Pois é... Da onde será? - Ele pareceu buscar algo na memória ao mesmo tempo que ela fez o mesmo. - Bom, ajudaria se soubéssemos os nomes de cada um.

- Ah, pois não! Que indelicadeza a minha... Maria Ângela. E o do senhor?

- Carlos Eduardo. E senhor está no céu, por favor. Onde você estudava?

- Ah, me formei no Colégio João Baptista para Meninas.

- Então não foi de lá que nos conhecemos... Porém esse nome, Maria Ângela, me é familiar.

- Você não era amigo do Oswaldinho?

- Oswaldinho?

- É... Aquele, primo da Odeth, do João Baptista. Ele ia sempre lá nos portões da escola junto com alguns rapazes.

- Não, não... Não conheço nenhum Oswaldinho. Talvez seja o Osmar, lá da Rua das Laranjeiras.

- Você morava por lá?

- Morava, por quê?

- Ah! Mistério resolvido então! Eu morava logo atrás, na Rua Amélia! Sempre reuníamos o povo para ir até a Praça 15 de Novembro. Se lembra?

- Sim, nós jogávamos um futebol e vocês assistiam.

- Verdade.

- Nossa, que ótimo te rever, Maria Ângela.

- Realmente, Carlos Eduardo. Dá uma sentimento bom, um pouco saudoso.

-Pois é... - Ele olhou para o horizonte por um tempo e então retornou. - Tenho que ir agora, estou ocupado, comprando coisas pro meu neto que vai viajar.

-Bom, então se cuida! Nos vemos por aí, certo?

- Certo, até mais hein?! - E se despediram com um beijo no rosto.

29 de agosto de 2007

Pensamentos ao léu...

"Your love alone won't save the world" - Manic Street Preachers

"Regras Sociais:
Regra nº 1 - Ao sair de casa para o shopping leve aquelas sacolas de grife que você só comprou UMA vez na vida e olhe lá. Quando comprar algo no shopping, ponhas as sacolas das lojas onde comprou dentro das de grife e caminhe pelo shopping as balançando. Assim todos pensarão que você é rica e poderosa. Ao sair do shopping, porém, passe em um supermercado e substitua todas as sacolas pelas de supermercado. Ladrões obviamente se interessam mais por sacolas de grife do que de supermercado. =)

Esse foi mais um "Teddy avisa".

Nota mental: Criar mais regras"

"Meu cabelo ficou bonito."

E é isso aí... Sendo fútil e vivendo. Faz parte...

25 de agosto de 2007

Suspiros e reclamações

Suspirou uma vez e se sentou sobre um cogumelo que parecesse resistente. Olhou em volta e notou a quantidade de cogumelos parecidos que encontrava espalhados pelo chão. Eles variavam em cores e tamanhos. Também observou os gnomos que andavam ocupados no jardim, fazendo mil tarefas, entre elas planejar o jantar daquela noite: uma criança gordinha e apetitosa. Viu, sem um piscar de olhos, grandes fênixes no céu a voar despreocupadas e também duendes adolescentes comentando com suas gírias sobre mil-e-uma maneiras de enfeitar seus gorros.

Levantou-se devagarzinho e caminhou em direção à fonte de águas mágicas, passando pelo caminho elfos, grifos e doninhas falantes. Aquela fada se apoiou sobre a mármore da fonte e ficou observando nas águas as pessoas que lá eram visíveis.

Eram seres humanos, nada mais do que isso. Andando em calçadas pavimentadas, escutando I-pods, correndo, indo ao trabalho de ônibus, sendo assaltados, sorrindo de alegria, chorando de raiva, perdidos em emoções e muitas vezes expressando opacidade.


Foi então que a fada suspirou outra vez e deixou sair baixinho, mais para si mesma do que para qualquer outro: Que vida sem graça a minha.

24 de agosto de 2007

Sex on the Beach

Assim que eu sento naquele banco de praia, eu me sinto vivo e percebo como é bom viver só para vivenciar essas coisas...

Praia ao fundo, com direito a areia - até que bem limpa pro normal - e água verdinha, que só o mar de Santos tem. Tudo bem que todos sacaneam, mas a praia nem é tão suja/feia assim, eu gosto. Bom, lá estava a praia e também o céu azulzinho, azulzinho, o que é ótimo porque normalmente ele é cinza de dia e laranja de noite, por culpa da neblina da Serra do Mar e das luzes que ficam refletindo sem parar, então quando ele limpa, eu fico animado.

Barraquinhas de pastel e água de coco enfeitam o local, mas o melhor... O melhor é ver a quantidade de gente que vem correr/malhar/pegar sol/levar filhos/tanto o faz na praia. É assim: Um tanque após o outro. Não que eu seja muito estilo dona de casa, aqueles que adoram um tanque, mas que vai vai. E também existe variedade na praia, não é verdade? Tem de tudo. Nossa. Praia de manhã/tarde é uma delícia. Só eu me manter a uma distância razoável da areia, que estamos combinados... Eu fico lá... Só de butuca, quase tendo orgasmos ópticos, e a praia fica atrás servindo como um lindo pano de fundo....

A única coisa que falta nesses momentos é um daqueles barzinhos dignos de festa de 15 anos, onde você pode sentar na boa e pedir por sex on the beach.

23 de agosto de 2007

Medos de Criança

Sabe que eu estava lembrando daquele livro/filme (Sou pseudo-intelectual, então só vi o filme) "To Kill a Mockingbird", ou em português, uma tradução tosca que descobri agora chamada "O Sol é para Todos"... Enfim, o que importa é... No filme, existe um bando de crianças pentelhas que têm medo de um cara que mora no fim da rua e sofre de uma doença mental. O filme não é basicamente sobre isso, mas o que interessa é que eles se aventuram em uma jornada "mucho loca" até a casa desse cara no escuro e tudo o mais...

Isso me fez lembrar dos meus medos de criança. Não que eu tivesse muitos amigos no bairro (Ahn... Sem explicações por aqui), mas eu tinha o grande Matheus/Theta, hoje mais conhecido como "Laderão", e enfim, eu lembro que a gente morava na mesma quadra, mas em ruas diferentes, e bem na nossa esquina tinha um consultório/escritório e que de noite ficava sinistro. A gente se aventurava só de ficar na porta se achando o máximo perto com os garotos mais velhos ("mais velhos" naquela época significava ter 13 anos). Pois é.... Coisas que crianças babacas não fazem, não é mesmo? Aliás, tirem o "babacas", pois é redundância.

Porém o consultório/escritório era fichinha se comparado com a casa no fim da rua da minha vó.
É o seguinte, meu avô e a minha avó moram numa rua pequena, com 4 prédios concentrado em um lado e em um canto da rua, e o resto é tudo casa... Tem, uma, bem na esquina oposta a qual meus avós moram que eu morria de medo. Mas esse era um medo pessoal, que eu não compartilhava com ninguém, até porque não tinha com quem compartilhar. Só o que eu sabia era que aquela casa vermelha tinha um muro grande na frente, e era cheia de árvores dentro, as árvores que pareciam as mais velhas do mundo, e que tinha um anão de jardim em cima do muro ou em algum lugar visível (ou eu inventei, tentando relembrar), e que nunca se foi vista a pessoa que morava lá (não por mim), mas que as luzes sempre estavam acesas, estavam.

Hoje em dia, não tenho mais medo da tal casa, ela ainda existe e eu passo por ela todo dia na volta da escola, mas não tenho mais medo... Hoje as pessoas têm medo de coisas bem mais bobas e sem graças como assaltos, seqüestros e acidentes aéreos...

Blá.

22 de agosto de 2007

Dia de Faxina

Para estrear nada melhor do que um poeminha um tanto quanto infantil e mal-feito, feito por mim. Momentos de inspiração insana.


Dia de faxina.

Minha doce sonequinha

Vai ter que esperar.

Dia de faxina.

Escolho a cozinha.

Vou me superar!

Lava louça,

Seca louça,

Guarda louça,

Poxa!

Tira aqui,

Põe ali,

Para quê...?

- Pára aqui!

Já acabou?

- Mãe, já vou!

Dia de faxina.

Tudo brilha.

Eu suspiro,

Ai que sooono!